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domingo, 13 de outubro de 2013

O nosso encontro

Caminho de encontro a ti ... mas os ponteiros do relógio não estão no mesmo ritmo. Ando pra lá e pra cá, com uma certa ansiedade é verdade.
Sim, é um encontro e não é para ser banalizado. Prestei atenção em cada detalhe do seu gosto,e tudo foi providenciado.
A mesa posta, arranjos de acordo com a decoração, guardanapos de linho, e as nossas rosas que não poderiam ficar de fora.
Faltam dois minutos, e ouço um barulho de carro chegando ... as folhas secas das amendoeiras caídas ao chão da calçada, fazem o testemunho de sua chegada, em cada passo que dás em direção ao portão.
Começo a perceber o coração vibrando mais forte, as mãos trêmulas e a voz quase falhando ... um bem-te-vi veio pousar na janela, e entoa o seu canto típico.
Na hora exata você chega. A pontualidade sempre foi seu forte.
Abro a porta, e você entra. Ficamos nos olhando sem nada dizer, ... não é necessário, e logo em seguida nos abraçamos com muito calor humano e felicidade.
Tanta coisa pra ser dita, tantas perguntas escondidas, muita emoção no ar.
Você pega a minha mão e já não sinto os meus pés. Recebo o seu olhar abrasador que me faz esquecer de qualquer preocupação. Mais uma vez ... é como o tempo parasse ...
E o bem-te-vi ... esse amigo encantador ... resolve se retirar ... deixando-os a sós.
Nos beijamos, e quase não respiro. Você segura meu queixo, e eu o convido para entrar ... atravessando toda a sala.
Ah! Esse nosso encontro estava marcado faz tanto tempo, e a saudade era muita.
Todo o meu nervosismo se diluiu naquele beijo. E o seu perfume ... ah! ele impera no ambiente, forte conforme a sua personalidade marcante e masculina. Você é um homem encorajado pelo desejo de conhecer, alegre por estar realizando um desejo nosso, e ainda sem hora pra acabar.
Confio na minha intuição, e ponho além do café colonial ... um espumante para gelar ... sim, porque é dia de comemorar ... inevitavelmente esse amor não acabará.
A sua presença me aquece, e você ainda por cima gosta da minha timidez.
Estamos em sintonia e é isso que importa. A nossa linguagem transcende qualquer gramática e dicionário. Nos comunicamos pela via cardíaca, e isso é tudo.
Corro para cozinha e trago em uma bandeja ... tudo que você gosta.
Você pega a minha bandeja e a põe na mesa principal.
O seu celular toca, mas você não atende, e o desliga completamente.
A gente não pensa em mais nada externo ... e o se o mundo perguntar ... diga que não estou. Aliás nós dois ... não estamos mais pra ninguém lá fora.
Somos eu, e você ... e mais nada!
(...)
beijos de luz
Adriana Quindimix